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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Educação financeira se aprende desde criança





Todos nós sabemos que em algumas épocas do ano, como o dia das crianças e o Natal, as marcas de produtos investem agressivamente em publicidade, as lojas oferecem promoções, eventos são feitos para atrair e seduzir a garotada e muitos pais não conseguem recusar os pedidos dos filhos.
Segundo pesquisa feita pelo portal Meu Bolso Feliz, em parceria com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o levantamento mostra que 52% dos pais admitem ceder às chantagens dos filhos quando assunto é consumismo. Os pais também foram questionados a respeito dos argumentos mais desafiadores ao lidar com a pressão dos filhos. Para 22% dos entrevistados, o mais difícil é negociar no estilo “se você me der isso, eu prometo fazer aquilo.”
A pesquisa do SPC revela, também, que os pais não estão, no geral, dando bom exemplo aos herdeiros. Entre os entrevistados que têm filhos, 76% já ficaram inadimplentes e 53% compraram alguma coisa sem precisar nos últimos três meses.
Além disso, 74% não reservam uma parte dos ganhos mensais para poupança e 37% estão pagando atualmente cinco ou mais prestações ao mesmo tempo, entre compras parceladas no cartão de crédito, crediário, cheque pré-datado e empréstimos.
Toda essa ausência de imposição de limites criou e está criando, cada vez mais, adultos apegados a bens materiais, fadados a enfrentar as mesmas dificuldades financeiras pelos seus pais.

Como educar financeiramente os filhos?

A resposta apesar de simples não é muito praticada. A melhor forma de educar, financeiramente, os filhos é através do exemplo, porque os pequenos são espelhos dos seus genitores. Se estes souberem poupar e valorizar o seu dinheiro estas características serão automaticamente transferidas para os seus filhos. Porém se os mais velhos não tiverem limites, os mais novos também não terão.

Uma maneira bastante efetiva de mostrar que “dinheiro não nasce em árvore” pode ser oferecendo um cofrinho ou pagando uma mesada ao filho. Dessa forma a criança aprende a poupar e a valorizar o que ela tem. Ao estimularmos ela a juntar a “graninha” que ganhou ela perceberá que com o tempo poderá comprar o que deseja. Esta é uma forma de mostrar aos pequenos que para se ter algo é necessário esforço.

Estudos indicam que a prática de dar aos filhos tudo que eles pedem sem a imposição de limites é uma forma que pais e mães encontram para compensar a ausência deles, porém agir assim estimula um comportamento compulsivo.

Porém, não é com brinquedos, jogos caros ou equipamentos eletrônicos sofisticados que um pai ou uma mãe vão preencher o vazio da companhia, do cuidado, do zelo e da atenção. Educação é um trabalho diário, que exige um acompanhamento. O maior presente é estar com eles. Ainda assim, quando houver a insistência por um brinquedo que cause constrangimento, seja mais firme. Promova trocas em vez de proibições. A negociação faz com que a criança esqueça a compulsão.

 

As crianças estão sendo elevadas a um status de consumidoras adulta sem estar preparadas. A publicidade usa propagandas extremamente apelativas que causam nas crianças a vontade imediata de querer esse ou aquele produto. Isto não significa que elas sejam excessivamente consumistas, até porque está vontade é passageira e cairá no esquecimento.

Explicando ao seu filho que nem tudo que ele vê na televisão e, principalmente, na internet ele precisa ter para ser feliz você contribuirá para o amadurecimento saudável e para a educação financeira dele.

Os consumidores consideram importante a educação financeira das crianças. É o que mostra a pesquisa nacional da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). O estudo revelou que 76% dos consumidores acreditam que é muito importante orientar as crianças sobre como lidar com o dinheiro. Dos entrevistados, 20% consideram importante e apenas 4% acham esse assunto indiferente, pouco importante ou nada importante.

Entretanto, 60% disseram que aprenderam sozinhos a lidar com o dinheiro, 18% com os pais, 10% em livros, sites e materiais na internet, 9% com outras pessoas ou parentes e apenas 3% declaram que aprenderam na escola.

A pesquisa também apontou que 75% dos entrevistados concordam que educar financeiramente uma criança é capacitá-la para fazer o melhor uso do dinheiro e que esse tipo de ensinamento deve partir da própria família. Outros 36% afirmaram que a iniciativa também deve ser um papel das escolas.

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