Rio - Para não enfrentar tumulto e ainda pagar menos, os pais já
começam a comprar o material escolar dos filhos para o ano que vem. Em
algumas papelarias da cidade, é possível adquirir produtos até 30% mais
baratos, sendo a economia média de 10%. Já as lojas na internet também
oferecem preços mais baixos, e não cobram frete de entrega.
Na rede Kalunga, por exemplo, uma
caixa de lápis de cor com 24 cores Hapyy-Time sai por R$ 6,10. Uma régua
de 30 centímetros New Line custa R$ 1,60. Tesoura escolar com cores
sortidas da marca Leo & Leo sai por R$1,50. São preços que sofrerão
reajuste quando os estoques forem renovados.
Já na Saraiva, o apontador com depósito custa R$8,90. O estojo preto é vendido por R$ 15,90.
Mãe de duas filhas, a médica Juliene
Martins, 37 anos, começou a comprar os materiais que sabe que a escola
pedirá. “Acredito que os preços devam ficar mais altos, e por isso
antecipei algumas compras”, disse Juliene.
Já a estudante Stephany Rodrigues, 20,
aproveitou a oportunidade de pagar menos. “Os preços estão baixos.
Comprei cadernos para o próximo ano”, afirma.
Na rede atacadista Caçula, que distribui para
as papelarias do Estado do Rio, os lojistas já estão abastecendo
estoques com produtos para os próximos dias. “Nós já começamos a vender
para os papeleiros e decoradores de lojas de shopping”, informou o
diretor de marketing da Caçula, Roberto Santos.
A comodidade aumentou com as lojas virtuais. O
site Sua Lista Escolar (sualistaescolar.com.br) registrou alta nas
vendas de 2% em agosto de 2014; em setembro, de 5%; e, em outubro chegou
a 11%, em relação ao mesmo mês do ano passado. Lá, o caderno espiral
sai por R$3,90, o de desenho por R$ 3,29. O de brochura custa R$ 1,29.
Além da loja física, a Americanas.com tem
promoções na página da web, como a mochila Luxcel preta, de R$99,90 por
R$ 89,91 (-10%), com frete grátis para o Rio.
Para Marcelo Goberto Azevedo, fundador do Sua
Lista Escolar, adiantar as compras ganha cada vez mais força entre os
pais que buscam economizar. “Esses números mostram tendência da
consciência dos pais em adquirir materiais escolares com antecedência,
conseguindo vantagens”, afirmou.
Segundo o Sindicato dos Lojistas (Sindilojas), o
preço de um mesmo produto na internet pode variar R$ 80. Os itens mais
procurados nos sites são cadernos, fichários, lápis de cor, papel
sulfite, merendeiras e mochilas.
“Pesquisar é fundamental. Buscar informações
sobre a loja online também. Dessa forma, é possível garantir uma compra
vantajosa e sem dores de cabeça” alerta em nota Rodrigo Borer,
executivo-chefe do Buscapé.
Procon alerta para abusos nos pedidos
O Procon-RJ orienta que as escolas têm
obrigação de fornecer a lista de material aos alunos, para que os pais
possam pesquisar preços e escolher fornecedores de sua preferência.
Algumas instituições de ensino exigem que o material escolar seja
comprado no próprio estabelecimento, mas esta prática é considerada
abusiva pelo Código de Defesa do Consumidor.
A escola não pode determinar as marcas dos
materiais nem obrigar o aluno a comprar material em determinado
estabelecimento, quando se tratar de produtos oferecidos no mercado em
geral. Tal exigência configura “venda casada”.
Caso haja alguma irregularidade as escolas
poderão responder a processo administrativo e ser multadas. Qualquer
situação que impede o consumidor do direito de escolha é indevida.
Porém, é aceitável a venda de material didático das próprias escolas.
Já os produtos relativos à infra-estrutura do
aluno na escola (copos descartáveis, papel higiênico, água potável) não
podem ser cobrados pelo estabelecimento. Não pode haver nenhum item que
não seja de uso pedagógico do aluno. A escola não pode pedir materiais
que são para uso coletivo como giz.
No caso de papel, a escola só pode pedir uma
resma por aluno, mais do que isso é considerado exagero. Só é permitido
solicitar materiais de uso pedagógico do aluno.
Planejar reduz o custo do material
Os pais devem ter em mãos uma lista do que é
realmente necessário comprar. Não se deixar levar somente pelos desejos
dos filhos, que podem querer produtos da moda, que são bem mais caros.
Fazer compras de materiais escolares em
conjunto com outros pais proporciona maior possibilidade de negociar
preços melhores. Para isso, basta juntar duas ou três famílias com
filhos nas mesmas séries.
Reaproveitar todo o material escolar que sobrou
no ano anterior. As trocas de livros didáticos entre alunos de séries
diferentes também representam grande economia.
Escolha bem a marca do produto, pesquise o
preço na internet e em pelo menos três lugares com visitas presenciais,
negocie a vista e pague a prazo, mas as prestações devem caber no
orçamento mensal.
Seja cordial com o vendedor da loja, pergunte seu nome e cumprimente-o. Ele certamente lhe ajudará.
A compra pela internet vem crescendo, e há
casos em que os preços das lojas virtuais cobrem os dos estabelecimentos
de rua e shopping. O problema é que o prazo de entrega pode ser pouco
maior, por isso é preciso comprar com antecedência.
Além do material escolar, faça compra em
atacados de produtos para a merenda no recreio. Ensine seu filho a
comprar somente o necessário e não desperdiçar.
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